Nossos amores
Um foi amor de viagem. O outro, amor de escola. Sem falar no amor de balada. E no amor do trabalho. Ou naquele amor de férias. Amor que conheci na praia. Teve ainda o amor de micareta. Ou ainda o amor amigo. Sem esquecer do amor adolescente.
Ai, ai, ai… tantos amores que até nos perdemos em nossos pensamentos, lembranças, conversas, planos, sonhos e ilusões. Tantos momentos que pareciam durar para sempre. Tantas paixões avassaladoras. Tantos planos em poucos segundos. Tantas confusões internas.
Amores serão sempre amores. Mesmo que eles tenham durado alguns meses, algumas horas ou quem sabe, apenas alguns minutos.
E o melhor de todos estes amores são as experiências que eles nos trazem. Corações que palpitam forte, tremedeira, insegurança, picos de alegria, vontade sem medida, viagem ao céu da boca. Quem nunca viveu amores passageiros mesmo sabendo que eles jamais dariam certo?
É bom olhar pra traz e ver quanta gente interessante passou pela nossa vida. É ainda melhor ver o quão felizes fomos com estas pessoas.
Porém todas estas pessoas passaram. Deixaram suas marcas, mas foram embora. Seguiram seu rumo, pois não poderiam fazer parte de nosso cotidiano. Nos agraciaram com sua presença, mesmo sabendo que não poderiam ficar para sempre.
Às vezes podemos até sentir falta destes amores. Mas quer saber? Eles foram ótimos, mas foram feitos apenas para um momento breve de nossas vidas. Eles foram criados para nos encantar ao longo dos dias. No entanto, eles estavam verdadeiramente abrindo espaço para o verdadeiro amor, aquele que vem para ficar e nos acompanhar a vida inteira.
Aos nossos antigos amores só nos resta dizer: muito obrigada! Vocês foram as partes mais felizes da nossa vida! Mesmo que passageiros, vocês nos ensinaram a sermos quem hoje realmente somos. Obrigada por nos ensinar a amar nos detalhes, nos rápidos momentos e a reconhecer que a vida é feita de escolhas diárias.
Por Fernanda De Pietro Antunes