4 dicas práticas para controlar as finanças do casal

Mais do que pensar em presentes pontuais, muitos casais aproveitam o Dia dos Namorados, 12 de junho, para fazer planos de uma vida juntos. Entretanto, a conquista de qualquer objetivo, seja o casamento, uma viagem ou a compra de um imóvel, passa, invariavelmente, pelo equilíbrio das finanças pessoais.

É natural que cada pessoa queira ter a sua individualidade, mas é saudável ter o apoio financeiro um do outro para realizar projetos. Como a maneira de lidar com dinheiro também pode ser motivo de discussões entre casais, é importante conversar sobre o assunto e definir prioridades em comum. Confira 4 dicas práticas dos especialistas da gestora de investimentos Magnetis para controle das finanças em conjunto.

1- Tenha um planejamento

O planejamento é a ferramenta que orienta as escolhas que o casal precisa fazer hoje para alcançar suas metas no futuro. Por exemplo, para a chegada do primeiro filho, ter um planejamento significa saber quanto dinheiro deve ser economizado por mês para montar o quarto, comprar o enxoval, pagar pelas despesas médicas e assim por diante.

Outro exemplo é a compra de um imóvel ou a mudança para uma casa maior. É preciso considerar todas as possibilidades para alcançar um sonho que é dos dois, mas sem significar a perda de objetivos individuais. Pode ser que um dos dois queira investir em uma pós-graduação e o outro queira trocar de carro. Cabe aos dois chegarem a um acordo para definir como essas metas serão alcançadas. O que será feito primeiro? O dinheiro virá dos dois ou cada um separa uma parte de sua renda para os objetivos individuais?

Não existe uma resposta padrão, mas é importante que ela faça sentido para ambos. Ainda assim, há uma recomendação geral: o segredo está em aplicar decisões conjuntas sobre o orçamento e as despesas. Dessa forma, o casal age como uma equipe: um ajuda o outro, não há competição.

2. Crie uma reserva de emergência

A reserva de emergência é um montante guardado para imprevistos. A ideia é que esse fundo seja capaz de sustentar o casal em situações como perda emprego, problemas de saúde ou outras emergências. Essa reserva também serve para aproveitar oportunidades, como por exemplo a compra da casa própria a um preço mais convidativo.

O tamanho dessa quantia depende do nível de estabilidade financeira de cada um — quem é funcionário público, por exemplo, corre menos riscos de perder um emprego se comparado a um profissional liberal.

Algumas pessoas preferem guardar quantias equivalentes a alguns meses de salário como reserva de emergência. Mas não há uma quantidade ideal de meses pelos quais se deve poupar. O ideal é que esse valor seja suficiente para deixar o casal tranquilo caso aconteça algum imprevisto.

Ao montar a reserva de emergência, um dos principais pontos que o casal deve observar é em que tipo de investimento esse dinheiro será aplicado. É imprescindível que o valor esteja em uma aplicação de baixo risco e alta liquidez, para que esteja sempre acessível.

O baixo risco é necessário porque se trata justamente de um montante para situações extremas. Ou seja, é preciso garantir que o dinheiro não esteja ameaçado pelo sobe e desce do mercado. Já a alta liquidez traz a possibilidade de resgate a qualquer momento: como essa é uma reserva para ocasiões inesperadas, o valor deve ficar disponível rapidamente.

3. Tenha investimentos para médio e longo prazos

Um dos grandes benefícios de equilibrar as finanças do casal é que os conflitos e as brigas por este motivo tendem a diminuir, o que torna a relação mais saudável e duradoura. Assim é possível fazer planos de médio e longo prazo.

Uma dúvida que pode surgir é: o que exatamente significa longo prazo? A verdade é que não há uma definição exata, mas pode-se pensar em 10 anos ou mais. Além disso, é importante que o longo prazo inclua investimentos para a aposentadoria. Pense em quanto o casal deseja ter de renda depois que parar de trabalhar, trace um planejamento e aplique o dinheiro para que essa meta se realize.

O médio prazo, por sua vez, costuma ficar entre 5 e 10 anos. É um futuro relativamente próximo, para o qual a família pode planejar a compra de bens — como casa e carro, por exemplo —, a educação dos filhos e assim por diante.

4. Converse sobre as finanças do casal

Falar de investimentos não é um hábito entre os casais brasileiros. Muitos conflitos domésticos que surgem sobre esse assunto acontecem por falta de comunicação e transparência. E isso não se resume a contar para o parceiro qual é sua situação financeira e seus gastos, mas expor suas insatisfações e inseguranças de um modo construtivo.

Uma boa troca de ideias sobre dinheiro começa com a observação de hábitos, crenças e vontades de cada um. Em vez de atacar o(a) parceiro(a) por atitudes com as quais você não concorda, procure entender seus próprios gastos.

Depois, divida esses padrões e diga o que gostaria de mudar em si mesmo, bem como quais são suas prioridades e seus objetivos. Convide-o(a) a fazer o mesmo no momento em que ele(a) se sentir à vontade.

Depois disso, o ideal é que o casal compartilhe seus números: quanto ganha, quanto deve e quanto gasta. Isso pode ser feito de maneira respeitosa e amorosa. Caso um dos dois esteja mais desorganizado financeiramente, ambos podem se ajudar para resolver a situação.

Plano de investimentos

Por fim, é válido retornar ao planejamento para criar um ciclo de controle financeiro que se torne cada vez mais completo e, assim, o casal possa crescer junto. Aproveite ainda para aprofundar questões importantes, como quais são os interesses individuais, qual é o projeto no qual os dois vão investir juntos, quanto patrimônio desejam acumular e outros objetivos.

É possível que essas metas mudem de tempos em tempos. Por isso, o diálogo deve ser frequente. Lembre-se de que a independência financeira faz bem para a autoestima e traz liberdade às duas pessoas, enquanto o planejamento conjunto proporciona união e fortalecimento da parceria.

Atenção: Os textos assinados e/ou publicados no InvistoEmMim não representam necessariamente a opinião editorial do Blog. Asseguramos a qualquer pessoa, empresa ou associação que se sentir atacada o direito de utilizar o mesmo espaço para sua defesa. Também ressaltamos que toda e qualquer informação ou análise contida neste blog não se constitui em solicitação ou oferta de seu autores para compra ou venda de quaisquer títulos ou ativos financeiros, para realização de operações nos mercados de valores mobiliários, ou para a aplicação em quaisquer outros instrumentos, produtos financeiros e outros. Através das informações, dos materiais técnicos e demais conteúdos existentes neste blog, os autores não estão prestando recomendações quanto à sua rentabilidade, liquidez, adequação ou risco. As informações, os materiais técnicos e demais conteúdos existentes neste blog têm propósito exclusivamente informativo, não consistindo em recomendações financeiras, legais, fiscais, contábeis ou de qualquer outra natureza.