Planejamento financeiro é base para pequenos negócios

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Empresas em início de funcionamento têm mais chances de “mortalidade”, principalmente nos primeiros cinco anos de existência. É o que diz um estudo realizado pela Sebrae, analisando dados de empresas entre 2018 e 2021. Existe uma série de problemas que contribuem para esse alto número, dentre eles, pouco preparo do empreendedor, falta de planejamento para o negócio e gestão deficiente.

Outro fator que impactou a sobrevivência das empresas foi a pandemia de Covid-19. Entre março e junho de 2020, 716,3 mil empresas fecharam as portas. Infelizmente, 99,8% delas eram pequenos negócios.

Tendo em vista os problemas financeiros e imprevistos que podem surgir, pequenas e médias empresas precisam preparar seu caixa para manter os negócios em tempos de baixa. Veja como dividir as reservas de um negócio.

Tipos de reservas

Segundo o Sebrae, existem três tipos de reservas nas quais o investidor pode dividir seu dinheiro.

Reserva de emergência

É o tipo de reserva direcionada para, como diz o nome, emergências. Isso significa que o empreendedor não deve mexer nela para comprar produtos ou investir em um novo serviço.

Ela é voltada para o momento em que uma máquina importante quebra ou para evitar que o negócio quebre em momentos de crise, como aconteceu na pandemia.

Geralmente, a reserva de emergência é formada por, no mínimo, 10% daquilo que uma empresa ou empreendedor ganhou no mês. 

Reserva de valor

É a reserva voltada para proteger o patrimônio do negócio contra as variações do mercado. Alguns ativos que ajudam nesse aspecto são o dólar americano, o euro e o ouro. Não há um montante estabelecido para este tipo, mas é fundamental que seja um compromisso mensal da empresa reservar uma porcentagem de seus lucros para ele. 

Reserva para oportunidades

Por fim, vem a reserva pensada para aproveitar novas oportunidades de negócios. Esta é voltada para a compra de máquinas e equipamentos mais modernos, ampliação da loja, abertura de uma nova filial e outras alternativas que tragam ampliação, tanto física quanto de mercado, para a empresa.

Também não há um valor mínimo, mas o ideal é que, assim como a reserva de emergência, o empreendedor reserve 10% dos seus lucros para esta oportunidade.

Carteira de investimentos

Ter uma carteira de investimentos variada ajuda o empreendedor a manter seu dinheiro “trabalhando”, ou seja, sem perder valor com o passar do tempo. Como os investimentos de renda fixa pagam acima da inflação e oferecem baixo risco, costumam ser o primeiro tipo pensado pelo novo investidor para suas economias.

A renda fixa, aliás, é também a primeira alternativa para quem deseja fazer uma reserva de emergência. Aqui, o grande diferencial é que o investidor já sabe as taxas, juros e prazos que incidem sobre os papéis. Dessa forma, tem uma ideia de quanto pode ganhar após a data de resgate.

Como funciona

Os investimentos de renda fixa funcionam como um empréstimo a bancos, empresas e instituições do governo. O investidor faz o aporte e, ao retirar, recebe juros de acordo com o tempo em que o deixou em posse da empresa. Quanto mais o indivíduo demora para retirar o dinheiro, mais juros incidem sobre a quantia.

Existem investimentos para diferentes tipos de bolso e necessidade. Enquanto há produtos que só permitem a retirada após a data estipulada, há outros que não oferecem nenhum impeditivo – nesse caso, porém, o investidor pode minimizar ganhos.

Tanto a reserva de emergência quanto a de oportunidade precisam estar em investimentos líquidos, ou seja, que podem ser resgatados a qualquer momento. Por mais que o resgate seja menor, o empreendedor não perde chances de negócios nem deixa de usar o dinheiro em uma urgência.

Além disso, a renda fixa permite que o investidor comece com valores bem baixos. É possível fazer aplicações de R$ 30 ou menos, por exemplo, dependendo do produto.

Para empresas que desejam aumentar o patrimônio, é uma forma de ter uma carteira de investimentos versátil com baixo risco de perdas de impacto.

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