Como deixar de ser vítima da vida

Ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.

Abraham Lincoln, no século XIX, disse: “Ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história”. Por mais antigas que sejam essas palavras, não podemos negar que, sob o prisma dos nossos dias atuais, elas continuam a ser atemporais. Isto é, independente da época, da era, da situação, da pessoa, essa “dica” valiosa de Abraham Lincoln serve para todos os momentos de nossa vida.

Explicando: muitas vezes, diante das situações adversas e difíceis da vida, somos tomados por todo tipo de pensamento negativo, aumentando o problema na sua proporção e dimensão e, ainda, deixando que a tristeza e um sentimento de melancolia se instalem em nossos dias. É como aquele dito popular traz: “fazer tempestade em copo d’água”.

Tal maneira de encarar as situações acaba por se tornar um hábito em nossas vidas, uma vez que o ser humano vai construindo hábitos de acordo com os tipos de pensamentos que estimula. Um hábito, principalmente os mais negativos, possui a surpreendente tendência de se instalar de forma muito rápida. E, para mudar um hábito já adquirido, ainda mais quando exige disciplina de nossa parte, sabemos que não é tão fácil quanto parece. Portanto, se temos o hábito de pensar negativamente acerca das situações e temos dificuldade de sair dessas circunstâncias (criadas por nós mesmos), podemos desenvolver tristeza profunda – como depressão – e falta de motivação para sair dessa forma viciosa de encarar a vida.

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Um ciclo negativo acaba influenciando enormemente a forma como agimos e reagimos dentro de qualquer situação.

Vício, aliás, é como podemos chamar essa tendência e, até, mania de se apegar à negatividade e aos problemas. Com a repetitividade de encarar as situações de forma negativa, criando problemas muito maiores do que realmente são, esse ciclo negativo acaba influenciando enormemente a forma como agimos e reagimos dentro de qualquer situação. Então, passamos a automaticamente nos fazer vítimas dos problemas, criando um apego e um costume em agir dessa maneira.

A negatividade nos pensamentos possui um efeito cumulativo, tanto nos pensamentos em si quanto nas maneiras de agir, nas atitudes, uma vez que essa tendência viciosa de encarar as situações e a própria vida institui uma estrutura mental que se especializa nisso. E os resultados não podem ser positivos: ao criar essa “lente” na maneira de encarar a realidade, qualquer situação parecerá negativa e impossível, gerando preocupações em demasia e sentimento de incapacidade, por mais simples que uma situação possa ser, transformando a vida em lástimas e tristezas. E aí, qualquer frase será precedida de “não”, já anulando qualquer efeito positivo que possa haver.

Retomando a frase de Abraham Lincoln do início, o que ele quis dizer é que não devemos nos abater diante dos problemas. Momentos difíceis e situações adversas existem sim, afinal, eles existem para que possamos aprender, evoluir, amadurecer e dar valor quando as coisas realmente boas e valiosas acontecem. Não é nos tornando vítimas diante dos problemas que as coisas vão mudar. Aliás, o sofrer mais ou menos somente serve para o nosso crescimento pessoal e não para competir ou chamar a atenção. Sim, pois é muito comum vermos pessoas que se apegam aos problemas e às suas lamentações apenas para chamar a atenção de quem está na volta, parecendo “coitadinho(a)” para despertar pena nas outras pessoas. Sentimento esse que não é nada nobre.

O segredo está em mudar a perspectiva com que uma situação deve ser encarada.

“…se tornar autor da própria história” é encarar os problemas de frente, tendo a consciência de que somente a sua própria atitude e a sua própria forma de conceber a situação problemática é que irá transformá-la em algo penoso e sofrido ou apenas em mais um obstáculo a ser superado. Nesses casos, o “segredo do sucesso” está em mudar a perspectiva com que uma situação deve ser encarada. O seu dia será determinado desde o momento em que você abre os olhos pela manhã, de acordo com os seus pensamentos e suas atitudes.

Já parou para pensar que o poder está todo nas suas mãos? Que você tem a sua própria responsabilidade em criar constantemente a sua realidade? A sua caminhada somente pode ser trilhada por você mesmo e por mais ninguém. Por isso, de nada adiante se lamentar e criar todo um cenário de perturbações sendo que a única maneira de transformar a sua realidade é a partir da sua própria atitude em encarar as questões da vida.

Aproveitando mais um pouco o poder das frases, diz um provérbio inglês que “mar calmo nunca fez um marinheiro hábil”. Ou seja, os problemas e os momentos adversos nos ajudam a crescer e a amadurecer, deixando um grande “rastro” de aprendizados quando a tormenta passa. Portanto, questionar-se frente a esses momentos é um bom começo: “como eu posso passar por esse problema da melhor maneira possível?”; “vai adiantar ou resolver o problema se eu ficar criando ‘pré-ocupações’ antecipadamente?”; “que aprendizado para a minha vida posso tirar dessa adversidade que estou enfrentando?”; e, um questionamento muito importante: “que tipo de atitudes, na forma de agir e/ou pensar, eu tomei que me levaram a passar por esses problemas?”.

Os pensamentos possuem poderes: o que você pensa, você cria. O que você sente, você atrai. O que você acredita, torna-se realidade.

Esse último questionamento é a chave principal para abrir uma das portas da sua vida que leva a um desses caminhos somente: o de se tornar vítima e se lamentar, virando escravo dos próprios problemas ou o de assumir a responsabilidade pelo que acontece e decidir qual a melhor maneira de encarar o que tiver que ser enfrentado na sua vida. Já ouviu falar que os pensamentos possuem poderes? Que você é capaz de conseguir o que quiser, desde que mude a frequência dos seus pensamentos e passe a acreditar neles?

Não é preciso ser um Monge Budista para saber que a frase de Buda está correta e representa, sim, a nossa realidade: “A lei da mente é implacável: o que você pensa, você cria. O que você sente, você atrai. O que você acredita, torna-se realidade”. E complementa: “A vida é um eco. Se você não está gostando do que está ouvindo, observe o que está emitindo”. Novamente, não é preciso ser um Monge Budista para acreditar nessas afirmações, que a primeira vista podem parecer “espirituais” demais.

Se é preciso “ver para crer”, experimente mudar, então, a perspectiva com que você encara a sua vida e as situações que nela acontecem daqui pra frente. Experimente ser grato pelo que acontece e extrair o máximo de aprendizado possível, indicando o caminho para seguir e mudar a realidade, fazendo com que “da próxima vez” as coisas sejam diferentes.

Experimente e depois espalhe essa experiência para mais pessoas.

 

Juliana Xavier

Juliana Xavier é formada em Relações Públicas e atualmente trabalha como redatora.

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