Das coisas que o tempo ensina

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Tenho aprendido com o tempo que as pequenas grandes coisas da vida têm que ser celebradas com toda a intensidade que a gente puder. Que não vale a pena gastar a nossa energia com aquilo que não depende de nós e que não está sob o nosso controle.

Que não importa o que a gente faça ou o quanto a gente se dê, para algumas pessoas, talvez para muitas delas, o nosso esforço nunca será suficiente. Que quando a gente deixa de olhar com ansiedade para tudo aquilo que nos falta, a gente descobre que há muito mais a agradecer do que a pedir. Que existem músicas que falam por nós. Textos que dizem por nós.

Pessoas que nos enxergam de forma muito mais generosa e amorosa do que nós mesmos conseguimos nos enxergar.

Com o tempo, tenho aprendido que coragem não é ausência de medo. Que sentir medo pode ser bom. Que muitas das nossas fraquezas e inseguranças e dores na vida são compartilhadas por outras pessoas também.

E que aquilo que me torna mais vulnerável é o que mais me conecta a você. Que palavras, por mais bonitas que possam ser, não significam absolutamente nada quando não vêm acompanhadas da ação. Que tem gente que é tão pobre que só tem dinheiro. Que às vezes um pequeno gesto pode fazer toda a diferença. Que mais ajudado é quem realmente ajuda sem esperar absolutamente nada em troca. Que milagres existem. Que pessoas boas existem. E que o impossível só é impossível até que alguém vá lá e faça.

2016 AMPULHETA.

Tenho aprendido com o tempo que não há problema em mudar de opinião. Que não há problema em reconsiderar e voltar atrás. Que é bonito pedir perdão. Que é extremamente libertador saber perdoar. Que pessoas mais gratas são também mais felizes. E que a felicidade tem muito mais a ver com o nosso mundo interior do que com qualquer outra coisa. Que erros podem ser bênçãos.

Que coisas que deram muito errado na nossa vida podem ser bênçãos. Que o tempo ensina. Que a dor ensina. E que todas as minhas implicâncias com quem quer que seja têm muito mais a ver comigo do que com o outro. Que somos espelhos. Que o que eu mais aponto e julgo em você é o que eu mais preciso trabalhar em mim. Que o mundo não existe como é, mas como a gente vê. E que tudo está certo do jeito que está, mesmo que a gente não consiga compreender ou aceitar agora.

Com o tempo, tenho aprendido que não vale a pena remoer tristezas, guardar mágoas ou reabrir feridas. Que o que passou, passou. E o que o melhor a fazer é seguir em frente, sempre seguir em frente, não importa o que tenha acontecido, o tamanho da dor ou a dificuldade do caminho.

Que nós somos muito mais fortes e mais capazes do que imaginamos. E que tudo o que a gente precisa já existe em abundância dentro de nós.

Que a vida é boa. E que há de ser ter fé, sobretudo, em si mesmo.

Tenho aprendido com o tempo a simplesmente entregar, aceitar, confiar e agradecer, antes mesmo da bênção, antes mesmo de sorrir.

Porque de tudo o que aprendi com o tempo, talvez seja esta a maior das lições: se é para ser, demore o que demorar, será.

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Por: Ana Paula Ramos

SOBRE O AUTOR

Ana Paula Ramos
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Personal & Professional Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching, formação certificada internacionalmente pelo BCI (Behavioral Coaching Institute). Escritora criadora do blog de crônicas Cookies and Words e autora dos e-books “O Caderno de Ágape” (romance) e “Transformação – dez razões para abraçar a vulnerabilidade” (desenvolvimento humano). saiba mais… – Inscreva-se em seu canal: https://www.youtube.com/user/aniiinha85/videos
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