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Endividamento no Brasil: a importância da Educação Financeira nas Escolas

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Em 2023, aproximadamente 77,9% dos brasileiros entraram no ano endividados, revela a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esse cenário é predominantemente observado na faixa etária de 26 a 40 anos, com uma média de dívida em torno de R$ 4.493,90, frequentemente relacionada à inflação e altas taxas de juros.

A falta de conhecimento em questões financeiras destaca-se como um fator-chave acelerador do endividamento. O professor Naércio Aquino Menezes-Filho, da Universidade de São Paulo, enfatiza a ausência de educação financeira nas escolas básicas como uma lacuna crítica, especialmente para pessoas mais vulneráveis.

Atualmente, a educação financeira não é uma disciplina obrigatória nas escolas brasileiras, o que contribui para a dificuldade dos alunos em aplicar conceitos financeiros no dia a dia. Menezes-Filho sugere a inclusão desses conceitos, como cálculo de juros simples e compostos, dentro de disciplinas existentes como matemática e geografia econômica.

A ausência de conhecimento financeiro também é apontada como um contribuinte para a desigualdade nacional. A educação financeira, se integrada corretamente, pode reduzir disparidades, especialmente no acesso a conhecimentos sobre pagamento de contas, cálculos de juros e aplicações financeiras.

No entanto, apenas incluir esses estudos no currículo não é garantia de sua eficácia, pois é necessária uma reforma na gestão educacional brasileira. Além disso, políticas públicas, como cursos oferecidos por entidades como o Sebrae e ONGs, são sugeridas como soluções para ampliar o acesso à educação financeira, principalmente para famílias carentes. Menezes-Filho destaca a importância dessas iniciativas na busca por uma sociedade mais informada e financeiramente saudável.

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