Escalando a si mesmo

A escalada é um esporte que desperta paixões e incompreensões. Por exigir capacidade física, técnica e psicológicas fora do comum, tem aqueles que o veem com um tom quase sagrado e aqueles que simplesmente o consideram uma inutilidade. O documentário “The Dawn Wall” traz novos elementos para uns e para outros.

Peter Mortimer e Josh Lowell são os diretores da jornada histórica de Tommy Caldwell e Kevin Jogerson que, em janeiro de 2015, conseguiram subir uma parede vertical lisa de granito de quase 1000 metros no Parque Nacional Yosemite, nos EUA. Foram 19 dias usando apenas pés e mãos para atingir o topo, dormindo em acampamentos suspensos por cordas.

A aventura, de dimensões épicas, envolveu seis anos de estudos e treinamento. Caldwell, principalmente, mescla a dedicação extrema a elementos obsessivos mostrados ao longo do filme. Isso inclui, por exemplo, ter conseguido voltar a ser um dos principais praticantes do esporte do mundo mesmo tendo perdido parte de um de seus dedos.

Caldwell também é responsável por uma das principais decisões da jornada ao decidir que esperaria o parceiro vencer uma difícil etapa, abrindo mão de ter a glória da conquista sozinho. A escolha, que poderia resultar no fracasso da própria missão, revela uma entrega à própria filosofia da escalada como uma prática de superação constante dos próprios limites.

Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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