Não há nada pior que não possa se tornar o melhor!
Segundo a pessimista ou realista Lei de Murphy, não há nada ruim que não possa piorar. Tenho vivenciado situações que me remetem à frase e, sem problema em admitir, em vários campos da vida, incluindo o clichê campo sentimental.
Pessoas ruins estão por toda parte, e muitas nem sequer param para pensar na falta de verdade que têm consigo mesmas.
Com meus vinte e poucos anos posso vivenciar a frase que ouvia ainda criança e no início da adolescência, minha mãe dizia: já estou calejada. E sim, não em todos os campos, mas em alguns, me sinto calejada. Assim como no dia em que achei que seria violonista e passava horas treinando com meu violão (risos) e perdi parte da sensibilidade dos dedos, chegou um momento em que ao contrário, me esforço para não perder a sensibilidade e a fé na vida.
Não me ausento da penitência por na maioria das vezes ser a principal adjuvante diante das situações ruins que me ocorrem, essa mania em querer seguir apenas o meu coração não é a melhor fórmula… sempre penso que é a fórmula certa.
Nessa tentativa em acertar, venho colecionando cicatrizes e me “esborrachando” em erros grotescos. O que me conforta são as situações que me surpreendem entre uma queda e outra, tenho tido a oportunidade de conhecer pessoas adoráveis, fazer amigos de fato amigos e, a vontade em melhorar tem feito com que eu tente obstinadamente até alcançar bons resultados.
Não tenho preguiça de viver, e não me sinto condenada à Lei de Murphy, não acho que se algo ruim piora, pode ser o pior que pode acontecer, o pior na verdade é quando nada acontece (bom ou ruim) que desperte para algo que possa ser melhorado.
Muitas coisas ruins têm piorado nos últimos meses, é verdade, mas como minha mãe me dizia quando eu fazia meus dramas: já estou calejada, não insensível, mas mais forte do que antes, mais confiante do que antes.
Li um livro muito especial, não me lembro com quantos anos, sei que estava na adolescência, mas o título era o seguinte: “No fim dá certo: se não deu é porque não chegou ao fim” do querido Fernando Sabino, pouco tempo depois que terminei de ler o livro, o autor falecia no Rio de Janeiro e eu me lembro de considerar: chegou o fim para você Fernando Sabino porque deu certo.
No fim dará certo, e o dar certo nem sempre é o melhor, é o mais lindo, é o que se sonhou, muitas vezes o abominável pior é o melhor que poderia ter acontecido, é o pus que faz com que a ferida seja tratada devidamente, é o que gera a cicatriz.
Cicatrizes ao contrário do que pensam, não são esteticamente desagradáveis, cicatrizes guardam histórias, têm peculiar beleza, e quando estão fincadas na alma, levam à sensação de paz e força para as próximas batalhas.
Não há nada pior que não possa se tornar o melhor.