Nas rédeas do destino

Há filmes que, embora aclamados pela crítica, acabam passando despercebidos pelo público. Não são conhecidos e muito menos vistos. É esse o caso de “The Rider”, traduzido por “Domando o destino”. Sob a direção da chinesa radicada em Nova York Chloe Zhao, surge uma história real com dimensões épicas pela sua simplicidade.

O enredo é enganadoramente simples. Um jovem cowboy sobre um grave acidente no cérebro que o impede não só de competir, mas mesmo de cavalgar. Trata-se de uma lesão neurológica que tem como sequela aparente apenas a rigidez em certos momentos de uma das mãos, mas qualquer nova queda pode ser fatal.

O desafio é encontrar um novo objetivo na vida. O rapaz contenta-se em treinar cavalos, mas mesmo essa atividade começa a ser um risco. A escolha de voltar a competir, ignorando os conselhos dos médicos, é também uma possibilidade que coloca à sua frente, num momento que acumula perdas e aparentemente nenhum ganho existencial.

O próprio Brady Jandreau interpreta a si mesmo e o faz sob uma direção segura, que não cai no melodrama. A obra acumulou prêmios e traz um retrato de um lado norte-americano pouco conhecido, marcado pelo contato direto com os cavalos, a amplitude dos ambientes e uma profunda solidão. Todos esses tópicos reunidos tornam o filme tocante, denso e belo. Não é pouca coisa!

Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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