Luis Fernando Cabral, contador e um dos sócios da Contador do Trader, é casado e tem dois filhos pequenos, incluindo uma recém-nascida. Desde que o mais velho nasceu, quase 5 anos atrás, ele passou a investir em fundos de renda variável pensando no futuro do garoto, no tempo em que o menino estiver na idade de fazer um intercâmbio ou uma faculdade no exterior. Mas, qual a melhor opção para guardar dinheiro para as crianças?
Antigamente, era comum que os pais abrissem uma caderneta de poupança para guardar dinheiro para os filhos. Nem mesmo o confisco da poupança de todos os brasileiros, pelo Governo Federal, em 1990, afetou a “confiança” das pessoas nesse tipo de investimento. Entretanto, a especialista em educação financeira Joenice Diniz, descarta essa opção. “Apesar de ser conservadora, ela é a que dá a menor rentabilidade. Quem se utiliza da poupança é porque não tem conhecimento de outros investimentos”, afirma.
Joenice tem quase 18 anos de experiência de trabalho em instituições financeiras, 11 anos em docência nas áreas de educação financeira, contábil, administração e tributária. Mestre em Administração Estratégica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), é também autora de sete livros em áreas como educação e administração financeira e recomenda que os pais pensem bem no maior objetivo de guardar dinheiro para seus filhos. “Tudo depende do objetivo final do investimento”, diz.
Por um lado, de acordo com ela, os planos de previdência privada são vistos como boas opções por possibilitarem diversificar o investimento em fundos que podem ser desde conservadores até mais arrojados. Todavia, os investimentos em renda variável, apesar de serem mais susceptíveis à oscilações do mercado, podem oferecer um rendimento maior a longo prazo. E, quando se trata de um filho, o que se busca é, justamente, poder utilizar esse recurso cerca de 15, 18 ou 20 anos mais tarde. Então, nesse sentido, acaba sendo, muitas vezes, a melhor alternativa.
Foi justamente o que buscou o contador Luis Fernando Cabral. Além de ser especialista em contabilidade para investidores, o profissional foi atrás de quem entende de renda variável para poder aplicar recursos que só utilizará quando o filho completar seus 18 anos. “Hoje em dia estão muito mais acessíveis as informações sobre investimentos de renda variável. Então, dá para aplicar um recurso e aguardar sua rentabilidade a longo prazo”, afirma.
