Se não for tudo, não quero nada!
Em algum momento da vida já teve vontade de não ser você? Se já, bem-vindo ao meu mundo e se não… que bom!
Sabe quando bate aquela sensação de: Talvez eu esteja crendo demais nas pessoas! E sim, eu sempre acredito demais. Sempre acho que há algo muito bom que merece ser ressaltado e valorizado e sabe o que acontece? Esse algo tão bom e que merece ser valorizado nunca se volta “contra” mim. E de repente crer no outro passa a ser um defeito. Tenho pensado assim, ainda que já tenha ouvido que não há nada de errado em crer, que errado é quando não somos o que somos, que errado é quando não nos doamos, ou quando nos damos pela metade.
E eu… Eu me dou inteira, pulo nesse mar de incertezas sem pensar em profundidade. Sem pensar. Sem pensar.
Uma vez fui a um clube no interior de Minas Gerais e olhando a piscina mesmo sem saber nadar, pulei bem no meio. Não imaginei que fosse tão profunda, por pouco não me afoguei. Idiotice sim… Mas reflexo do que faço vivendo. Eu pulo… sem pensar. E preciso mudar isso? Preciso parar de crer? Preciso me “insensibilizar” para a vida?
Preciso deixar de ser quem sou? Preciso me podar para ser aceita? Preciso viver aprisionada? Preciso me matar por dentro?
Só Deus sabe o que há em mim. E sim, eu tenho uma profunda fé em Deus e uma crença muito profunda de que Ele existe. Porque se assim não fosse, eu não existiria mais.
A única coisa que não consigo é me contentar com o vazio. Eu já tentei acreditar que o pouco era o que me poderia ser dado e por isso, eu deveria me “contentar”. Mas só ganhei frustração, tristeza e desesperança.
O corpo cansa, a mente cansa e a esperança também cansa. A minha está cansada. Queria ser menos sonhadora ou menos ambiciosa em relação às oportunidades que o mundo oferece, mas ‘infelizmente’ isso seria não ser quem sou.
Sabia que palavras doem? Elas doem e se voltam contra a minha alma em um ímpeto que mal posso suportar.
No mais, não posso deixar de ser quem sou. Não posso negar o que sinto e nem aceitar o que é medíocre.
Se não for tudo, não quero nada. Se não for inteiro, não quero a metade.