Taurus mantém bom desempenho operacional em 2022, com margem bruta de 45,7% e lucro líquido de R$520 milhões

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Encerrado o exercício de 2022, mais uma vez a Taurus confirma a construção, nos últimos anos, de uma empresa sólida, com fundamentos consistentes. A Companhia tem uma base operacional moderna e eficiente, segue focada em avançar cada vez mais em termos de inovação, consolidou um patamar de rentabilidade das operações bastante confortável e acima da média da indústria de armas mundial, tem um modelo de negócio que proporciona forte geração de caixa, o que permitiu reduzir a dívida bancária e a alavancagem financeira de forma significativa, transformando a estrutura de capital. Isso tudo vem acompanhado de uma marca forte nos mercados em que atua e admirada pelos consumidores.

No decorrer dos últimos anos, a Taurus ganhou participação no mercado norte-americano e se firmou como a empresa líder mundial em termos de volume de vendas no setor. Em janeiro, a marca esteve presente em Las Vegas (EUA), na SHOT Show, maior feira de armas do mundo, onde ratificou, a partir do interesse do público presente e do contato com os distribuidores, que seus produtos cada vez mais são reconhecidos pelos consumidores e realizou o lançamento de nove modelos de armas leves.

Esse reconhecimento também se traduziu em três importantes prêmios recebidos em 2022: a pistola GX4 ganhou o Handgun of the Year (Arma do Ano) 2022, da revista norte americana GUNS & AMMO, e o Best Value Handgun (melhor custo-benefício), da Ballistic’s; enquanto o revólver Taurus 856 Executive Grade conquistou o Golden Bullseye, da National Rifle Association (NRA), um dos prêmios de maior prestígio na indústria de armas. Agora, em janeiro de 2023, lançou com pioneirismo no mundo a primeira linha de revólveres prontos para miras ópticas, com o inovador sistema T.O.R.O. (Taurus Optic Ready Option).

O mercado brasileiro esteve aquecido em 2022, inclusive em função da expectativa com as eleições presidenciais e possíveis mudanças na legislação. Conforme previsto, isso se acentuou no 4º trimestre de 2022, tendo em vista a eleição do atual Presidente, o que gerou impacto de aumento da demanda, dado a eminência de serem estabelecidas regras mais restritivas em relação à venda de armas no País.

Considerando o mercado internacional, excluído os EUA, a Taurus manteve sua atuação com vendas em 2022 para mais de 40 países. A empresa acompanha permanentemente as oportunidades de mercado e as licitações internacionais de armas, onde conta com grande competitividade, considerando a qualidade de seus produtos e o melhor custo de produção. No 4º trimestre de 2022, a Taurus realizou duas grandes vendas para as Filipinas, somando mais de 10 mil armas entregues para o Exército e forças policiais.

Para 2023, a expectativa é de um mercado desafiador, porém com oportunidades interessantes em outros países, que não os EUA. Foi prospectada a possibilidade de mais de 44 mil armas táticas e 90 mil pistolas no mercado indiano – onde vencida toda a burocracia de registros, a Taurus tem, finalmente, sua fábrica na Índia pronta para operar, aguardando apenas a homologação final do governo –, além da licitação em andamento de 425 mil fuzis para o Ministério da Defesa da Índia (maior licitação de fuzis já realizada no mundo), e oportunidades de mais de 55 mil armas. A Taurus está, ainda, acompanhando outras licitações nesse País, nas quais deve participar.

Por outro lado, segundo o relatório Perspectivas Econômicas Globais divulgado pelo Banco Mundial em janeiro, o crescimento global está desacelerando de forma acentuada devido à inflação elevada, taxas de juros mais altas, redução dos investimentos e repercussões da invasão russa na Ucrânia. Ainda não se pode descartar a possibilidade de recessão em alguns países, mas, percebe-se certa resiliência na atividade econômica global. Com essa conjuntura internacional, o cenário no Brasil não deve ser muito diferente. Importante nesse cenário é a posição sólida da Taurus em relação ao seu endividamento e fluxo de caixa.

Com relação ao mercado de armas nos EUA, sempre um foco importante para a Taurus, a expectativa é de estabilização da demanda em patamar superior ao verificado no pré-pandemia. O NICS (National Instant Criminal Background System) – índice de intenção de compra de armas nos EUA – acumulado nos dois primeiros meses de 2023 confirmam essa tendência, apresentando alta de 2,7% em relação a igual período de 2022 e de 24,5% ante os dois primeiros meses de 2019, antes do início da pandemia.

No Brasil, o mercado começou o ano retraído, no aguardo da regulamentação do decreto que determinará as novas regras para o setor, o que deverá acontecer em abril. A partir desse fato, a perspectiva é de normalização, inclusive com maior movimento do mercado interno em função da demanda represada durante esse período. Igualmente, nas demandas das forças armadas e segurança pública as aquisições geralmente acontecem após a aprovação dos orçamentos e direcionamentos das verbas.

A estratégia para manter o destaque da Taurus no mercado mundial de armas segue envolvendo o foco na inovação, com investimento no desenvolvimento de tecnologia de materiais, de produtos, de processos e de equipamentos que garantam crescente qualidade e eficiência na linha de produção. Exemplo disso é a primeira linha de ferrolho automatizada instalada na fábrica do Brasil. A partir de um processo de automação, está sendo desenvolvida pela Taurus uma linha de usinagem que realiza a autogestão e correções online dos parâmetros de fabricação, garantindo qualidade superior e geração de perdas tendendo a zero.

Os investimentos em P&D se transformam, cada vez mais, em aspectos que consolidam a diferenciação da Taurus no mercado mundial. O lançamento de produtos inovadores faz parte da estratégia de atrair crescente interesse do consumidor. Nesse sentido, depois do lançamento no Brasil em julho de 2022, a empresa está finalmente lançando nos EUA, no 1º trimestre de 2023, a pistola GX4 Graphene, primeira do mundo com grafeno. O material agora é utilizado nas pistolas TS9 Grafeno e TS9c Grafeno, que serão lançadas no Brasil em abril deste ano, em conjunto com vários outros produtos inovadores, na LAAD Defence & Security 2023, maior feira de defesa e segurança da América Latina.

A revolucionária tecnologia de utilização do grafeno na produção de armas, que colocou a Taurus e o Brasil em destaque na indústria mundial de armamentos, é um dos exemplos de projetos inovadores desenvolvidos pelo CITE – Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/EUA. A Companhia segue direcionando seus investimentos em tecnologia, inovação, pesquisa e desenvolvimento, modernização e ampliação da estrutura industrial. Neste sentido, a Taurus pretende acelerar o desenvolvimento do seu Plano Estratégico de Inovação para Competitividade 2023/2025, trazendo tecnologia de ponta para a planta industrial e estendendo os recursos de infraestrutura e técnica do CITE a fim de aumentar a sua capacidade de lançamento de produtos, dando sustentação ao crescimento da companhia, assim como elevá-la a um nível de qualidade, produtividade e eficiência sem paralelo no setor.

A Taurus encerrou 2022 com uma situação firme e consistente. A forte geração de caixa permitiu a redução da dívida bruta em R$ 205,1 milhões no decorrer do ano, e chegou ao final de 2022 com a alavancagem financeira medida pelo indicador Ebitda/dívida líquida de 0,2x. A Companhia tem custos de produção bastante competitivos e as despesas sob controle, o que permitiu manter margens de rentabilidade elevadas, muito superiores às de empresas estrangeiras do setor. No exercício de 2022, a Taurus registrou margem bruta de 45,7%, ante 30,2% da Ruger e 35,8% da Smith & Wesson (empresa essa que encerrou seu exercício social em janeiro/2023, incluindo, portanto, o resultado de dezembro de 2021, quando o mercado norte-americano ainda se apresentava fortemente demandante).

Em termos de margem Ebitda, a Taurus alcançou 31,3% no ano de 2022, desempenho superior inclusive às suas expectativas, enquanto a Ruger registrou margem Ebitda de 22,1% e a Smith & Wesson, igualmente beneficiada pelos últimos dois meses de 2021, de 23,8%. O lucro líquido da Taurus em 2022 foi de R$ 520 milhões, resultado superior em 167,6% ao lucro líquido disponível em 2021, após a eliminação de prejuízos acumulados e realização de reserva legal.

Com esse resultado, a empresa irá apresentar para a aprovação da Assembleia Geral de Acionistas proposta de pagamento de dividendos de pelo menos o montante obrigatório estabelecido em seu Estatuto Social, de 35% do lucro líquido ajustado, além da criação de reserva estatutária em montante que proporcione a flexibilidade para vir a aprovar eventuais pagamentos de dividendos com maior periodicidade em 2023 e a possibilidade de criação de um programa de recompra de ações da Taurus, sempre mantendo uma caixa confortável – R$ 328,7 milhões em 31/12/2022 – na Companhia. O objetivo é estar sempre voltada para maximizar o retorno aos seus acionistas, reafirmando a nova fase da Taurus como uma empresa confiável e segura, que tem como objetivo a remuneração de seus acionistas sem prejuízo da sua estratégia de crescimento e desenvolvimento tecnológico.

Essa estrutura alcançada pela Taurus, a partir de todo o trabalho realizado desde 2018 com a reestruturação da Companhia, chegando em poucos anos à situação atual consolidada de estabilidade e conforto de caixa, que conta com as melhores práticas de governança corporativa, permitiu também a empresa a se voltar para outros aspectos essenciais que são o desenvolvimento de pessoas e a responsabilidade com a preservação ambiental. Em abril, a Taurus apresentará seus primeiro Relatório Anual de Sustentabilidade, elaborado em tempo recorde, mostrando as realizações e a cultura ESG que está sendo desenvolvida na Taurus.

A Companhia começou o ano de 2023 com a fábrica ajustada para o novo patamar do mercado pós-pandemia e confiante da sua força e capacidade de adaptação e de identificação de oportunidades em diferentes cenários de mercado. Hoje, a Taurus se apresenta como uma empresa sólida com modelo de gestão consolidada e focada no futuro, perseguindo sempre se manter como a maior fábrica de armas leves do mundo, seja por crescimento da demanda, pela sua competência de rapidamente se adaptar às tendências, ou por meio de aquisições e parcerias, principalmente focando o mercado de “Law Enforcement” (agências de aplicação da lei, como polícias, tribunais etc.), uma estratégia da Companhia para acessar novo nicho de mercado nos EUA e a entrada em outros mercados policiais no resto do mundo, bem como, ser uma opção premium para o consumidor civil que busca por armas táticas e de defesa. Seguindo um caminho para um futuro ainda mais promissor.

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