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Fazer amizade é mole, difícil é manter

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E aí, já escolheu sua BFF da semana? Já sabe qual vai ser sua melhor turma do mundo da balada de sexta? A de sempre? A de sempre? Mesmo? Então, este texto não é pra você.

Este texto é para aquelas pessoas que trocam de amigos como quem muda de calcinha e deixa no chão pra mãe catar e lavar. Este texto é para aquelas pessoas que se sentem injustiçados por fazerem tudo pelos amigos e eles não retribuírem. Aquelas mesmas pessoas que dizem “ah, minha ex-amiga”.

Eu me pergunto. Existem ex-amigos? Na minha humilde opinião, se eu escolhi alguém pra entrar no meu seleto grupo de pessoas que compartilho a vida, esse alguém pode até não permanecer, por inúmeros motivos, mas o carinho e o sentimento de amizade jamais irão morrer. Jamais.

Os amigos que eu posso confiar, que vão comemorar minhas alegrias e sofrer minhas tristezas como se fossem suas, eu conto nos dedos. E, geralmente, essa lista não aumenta nem diminui consideravelmente, há anos. Tipo, desde que eu nasci. Salvo raras exceções.

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Todo mundo deveria ter alguém que esteja sempre aí pra gente. Que possamos estar sempre aí para ele. Mas não muitos.

Manter uma amizade não é difícil. Como todo relacionamento, só necessita de dois ingredientes especiais: saber aceitar o outro como ele é e conseguir ser 100% você mesma para alguém. A confiança é só a cereja do bolo. Se conquista enquanto o relógio roda.

Se é tão simples estar cercados de pessoas, porque algumas têm uma dificuldade particular em ter amigos? Pulam de turma em turma? Trocam de grupinho a cada dificuldade encontrada? Sei que ninguém é insubstituível, mas é possível deixar de gostar e esquecer alguém que você um dia já chegou a considerar como amigo?

Obvio que a vida tem uma peneira natural que elimina o que não combina, não acrescenta, não faz bem. Também temos esse senso crítico. Mas é tão difícil tirar alguém de nossas vidas, vocês não percebem isso? E tem amigo que é tão amigo que até a sua despedida traz aprendizado.

Por mais que seja difícil negar.

Sempre quando vejo alguém desse tipo, desconfio. Uma pessoa que não é capaz de cultivar poucos e bons amigos consegue pensar além de si mesma? Consegue ver a felicidade alheia sem se incomodar, consegue ver a genuína intenção por detrás de uma amizade? A impressão que eu tenho é que essas pessoas que descartam amigos a Deus dará, talvez,  se ache especial demais para se doar para os outros.

Uma coisa é certa. Você pode trocar de amores, pode trocar de casa, de estilo de vida, de personalidade, de emprego, de status financeiro, mas o que te define, mesmo, é a quantidade de vezes que você muda de amigos.

SOBRE O AUTOR

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Intensidade, cumplicidade, amizade, autenticidade e sinceridade. É isso que acontece quando uma jornalista e uma psicóloga se encontram. Mariana Vasconcellos, de 28 anos e Natália Vanin, de 26 anos, falam tudo aquilo que você sempre quis falar, mas não teve coragem. Sem critério, sem juízo e Sem Caô. Literalmente.

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